terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Momento




E mais uma vez estava ali...
Estática, imóvel, pensando, refletindo;
no teto do meu quarto que girava;
Mas aquilo me incomodava...

Tratava-se dele; do teto? Não! Da situação...
Há dias que o certo e o errado se fundem na minha mente;
Desregrada, momentânea...
Quem será que age comigo verdadeiramente?

Já não sei mais o que fazer...

É uma mistura envolvente: imoralidade, felicidade,
empolgação...Sentimentos superficiais...Não sei.
Tudo parece ser uma aventura inocente.
O que é realmente gostar de alguém?
Eu gosto de você?...Talvez.

Quanta besteira...Afinal que diferença isso faz quando se está sozinha?
É eu sei...
Não adianta mais mentir, fingir, corrigir...
Não adianta levantar, tentar, sorrir e se reprimir...
Já foi dito!
Você quer? Eu também quero!
Aceite a situação e aproveite...Assim espero!

...Superficial? Total!

Não é assim que vai ser agora?
Então vem e vamos embora!
O resultado é que eu to cansada disso tudo...
Beijos, abraços, desperdiçados,
jogados ao vento.
Lágrimas e tristezas apertadas,
guardadas aqui dentro.

Se não deu pra notar;
preste atenção agora:
Existem duas pessoas;
uma por dentro e outra por fora.

Penso hoje, naquilo que me disse...é faz sentido.
Mas tudo bem... É assim que eu vou vivendo...
Saí do mundo dos sonhos perfeitos; entrei na realidade;
e só agora estou aprendendo.

Momento, por Ludmila J. de Andrade

domingo, 13 de dezembro de 2009

Apenas mais uma reflexão




E a vida muda,
Tudo o que um dia, foi de uma enorme importância, passa a não ser mais tão essencial assim
O que nós diziamos ser prioridade é sendo naturalmente posto a segundo plano,
Suas idéias, seus conceitos, vão sofrendo alterações,
novos valores são implantados a medida que novos conhecimentos são absorvidos
E isso não para nunca.
De repente sem sua percepção ou concentimento a vida te coloca numa nova rotina.
Novas pessoas interagem com você...lugares nunca vistos antes...situações inimaginadas por nossas mentes
A vida nos mostra que não temos o controle absoluto sobre tudo como pensávamos...
É ai que criamos novos, planos, sonhos e projetos baseados na nossa nova vivência,
Talvez coisas nunca desejadas antes, agora se tornam incrivelmente importantes.
A mudança se bem aproveitada, se relaciona com a evolução de nós mesmos...é importante...é necessária...

Tem um desconforto, ninguem aceita tão facilmente a ideia de sairmos do comodismo,
de enfrentar novos problemas, criarmos novas soluções...
Aparece então a saudade,
de quem passou por nós,
do que já fizemos, quem fomos...nostalgia!

Independente de qualquer emoção humana, a vida continua a mudar,
respondendo nossos questionamentos ou não, ela simplesmente muda
E como camaleões, temos q ficar da cor do novo cenário,
nos adaptar da melhor maneira possivel, visando um objetivo único:

O de ser feliz.


Apenas mais uma reflexão, por Ludmila J. de Andrade

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Felicidade Realista



A princípio bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos. Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis. Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas. E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar a luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito.
É o que dá ver tanta televisão. Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Ter um parceiro constante pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio. Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade.
Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar É importante pensar-se ao extremo, buscar lá de dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo,... mas não felicidade.


Felicidade Realista, por Mário Quintana